terça-feira, 29 de junho de 2010

"CONFIA SEMPRE"


Por Meimei:


Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Luta e serve.
Aprende e adianta-te.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte.
Não te esqueça, porém, de que amanhã será outro dia.

Psicografado por Francisco Cândido Xavier.

MEIMEI - Biografia


Irma de Castro Rocha, este encantador espírito, ficou conhecida na família espírita como Meimei.

Trata-se de carinhosa expressão familiar adotada pelo casal Arnaldo Rocha(1) e Irma de Castro Rocha, a partir da leitura que fizeram do livro Momentos em Pequim, do filósofo chinês Lyn Yutang. Ao final do livro, no glossário, encontram o significado da palavra Meimei – \"a noiva bem amada\". Este apelido ficara em segredo entre o casal. Depois de desencarnada, Irma passa a tratar o seu ex-consorte por \"Meu Meimei\". Irma de Castro Rocha não foi espírita na acepção da palavra, pois foi criada na Religião Católica. Ela o era, porém, pela prática de alguns princípios da Doutrina Codificada por Allan Kardec, tais como caridade, benevolência, mediunidade (apesar de empírica), além de uma conduta moral ilibada.

Nasceu na cidade de Mateus Leme, Minas Gerais, a 22 de outubro de 1922 e desencarnou em Belo Horizonte, em 1º de outubro de 1946. Filha de Adolfo Castro e Mariana Castro, teve quatro irmãos: Carmem, Ruth, Danilo e Alaíde. Aos dois anos de idade sua família transferiu-se para Itaúna – MG. Aos cinco anos ficou órfã de pai. Desde cedo se sobressaiu entre os irmãos por ser uma criança diferente, de beleza e inteligência notáveis. Cursou até o segundo ano normal, sendo destacada aluna.

A infância de Meimei foi a de uma criança pobre. Era extremamente modesta e de espírito elevado. Pura e simples. Adorava crianças e tinha um forte desejo – o de ser mãe, não concretizado porque o casamento durou apenas dois anos e houve o agravamento da moléstia de que era portadora: nefrite crônica, acompanhada de pressão alta e necrose nos rins.

Irma de Castro, na flor de seus 17 anos, tornou-se uma bela morena clara, alta, cabelos negros, ondulados e compridos, grandes olhos negros bastante expressivos e vivazes. Foi nessa época que se tornou grande amiga de Arnaldo Rocha, que viria a ser o seu esposo.

Casaram-se na igreja de São José, matriz de Belo Horizonte. Na saída da igreja, o casal e os convidados viveram uma cena inesquecível. Depararam-se com um mendigo, arrastando-se pelo chão, de forma chocante, sujo, maltrapilho e malcheiroso. Meimei, inesperadamente, volta-se para o andarilho e, sensibilizada pela sua condição, inclina-se, entrega-lhe o buquê, beijando-lhe a testa. Os olhos da noiva ficaram marejados de lágrimas...

Arnaldo Rocha afirma que toda criança que passava por Meimei recebia o cumprimento: \"Deus te abençoe\". Havia um filho imaginário. Acontecia vez por outra de Arnaldo chegar do trabalho, sentar-se ao lado de Meimei e ouvir dela a seguinte frase: \"Meu bem, você está sentado em cima de meu principezinho\". Meimei tinha a mediunidade muito aflorada, o que, para seu marido, à época, tratava-se de disfunção psíquica. Estes pontos na vida de Meimei retratam os compromissos adquiridos em existência anterior, na corte de Felipe II, ao lado do marido Fernando Álvares de Toledo – o Duque de Alba (Arnaldo Rocha). Nessa época seu nome teria sido Maria Henríquez.

Apesar do pouco tempo de casados, o casal foi muito feliz. Ela tinha muito ciúme do seu \"cigano\". Arnaldo Rocha explica que esse cuidado por parte dela era devido ao passado complicado do marido. Chico Xavier explicara que Meimei vinha auxiliando Arnaldo Rocha na caminhada evolutiva há muitos séculos, por isso a sua acuidade em adocicar os momentos mais difíceis e alegrar ainda mais os instantes de ventura.

Na noite da sua desencarnação, Arnaldo Rocha acorda, por volta de duas horas da madrugada, com sua princesa rasgando a camisola e vomitando sangue, devido a um edema agudo de pulmão. O marido sai desesperado em busca de médico, pois não tinham telefone. Ao voltar, encontra-a morta.

A amizade entre o casal, projetando juras de eterno amor, teve início por volta do século VIII a.C. Um general do império Assírio e Babilônico, de nome Beb Alib, ficou conhecendo Mabi, bela princesa, salvando-a da perseguição de um leão faminto. Foi Meimei quem relatou a história, confirmada depois por Chico Xavier e traduzida inconscientemente pelo escritor e ex-presidente da União Espírita Mineira, Camilo Rodrigues Chaves, no livro Semíramis, romance histórico publicado pela editora LAKE, de São Paulo.

Essas reminiscências de Meimei eram tão comuns que, além desse fato contido no livro citado, há, também, uma referência à personagem Blandina (Meimei), no livro Ave, Cristo! Aconteceu da seguinte forma: Chico passou um determinado capítulo do livro para Arnaldo Rocha avaliar. À medida que lia, lágrimas escorriam por suas faces, aos borbotões. Ao final da leitura, Arnaldo disse para Chico: \"Já conheço esse trecho!\" Chico arrematou: \"Meimei lhe contou, né?\" Nesse romance de Emmanuel, Blandina teria sido filha de Taciano Varro (Arnaldo Rocha), definindo a necessidade do reencontro de corações com vista à evolução espiritual.

Através da mediunidade de Chico Xavier, muitas outras informações chegaram ao coração de Arnaldo sobre a trajetória espiritual de Meimei. À guisa de aprendizado, Arnaldo foi anotando essas informações e trabalhando, em foro de imortalidade, aspectos de seu burilamento.

Meimei tinha a mediunidade clarividente, conversava com os espíritos e relembrava cenas do passado. Era comum ver Meimei, por exemplo, lendo um livro e, de repente, ficar com o olhar perdido no tempo. Nesses instantes, Arnaldo olhava de soslaio e pensava: \"Está delirando\". Algumas vezes ela afirmava: \"Naldinho, vejo cenas, e nós estamos dentro delas; aconteceu em determinada época na cidade...\". Arnaldo, à época materialista, não sabendo como lidar com esses assuntos, cortava o diálogo, afirmando: \"Deixa isso de lado, pois quem
morre deixa de existir\".

Em seus últimos dias terrenos, nos momentos de ternura entre o casal apaixonado, apesar do sofrimento decorrente da doença, Meimei tratava Arnaldo como \"Sr. Duque\" e pedia que ele a chamasse de \"minha Pilarzinha\". Achando curioso o pedido, Arnaldo perguntou o motivo e recebeu uma resposta que, para ele, era mais uma de suas fantasias: \"Naldinho, esse era o modo de tratamento de um casal que viveu na Espanha no século XVI. O esposo chamava-se Duque de Alba e a sua esposa, Maria Henríquez\". Embevecido com a mente criativa na arte de teatralizar da querida esposa, entrava na brincadeira deixando de lado as excessivas perquirições.

Apresentamos esse ângulo da vida de Meimei para suscitar reflexões acerca do progresso espiritual por ela engendrado em suas diversas reencarnações – das quais citamos apenas algumas –, e que conduziram nossa querida amiga Meimei ao belo trabalho realizado em prol da divulgação da Doutrina Espírita, no Mundo Espiritual, aproveitando as vinculações afetivas com aqueles corações que permaneceram no plano terreno.

Em seus derradeiros dias de vida terrena, Meimei começou a ter visões. Ela falava da avó Mariana, que vinha visitá-la e que em breve iria levá-la para viajar pela Alba dos céus. Depois de muitos anos veio a confirmação através de Chico Xavier. Arnaldo recebe do médium amigo, em primeira mão, o livro Entre a Terra e o Céu, ditado por André Luiz, no qual encontra uma trabalhadora do Mundo Espiritual – Blandina – vivendo no Lar da Bênção, junto com sua Vovó Mariana, cuidando de crianças. Em determinado trecho, Blandina revela um pouco da sua vida terrena junto ao consorte amado.

Arnaldo Rocha narra um fato muito importante no redirecionamento de sua vida. No romance \"Ave, Cristo!\", que se desenvolve na antiga Gália
Lugdunense, encontra-se um diálogo entre os personagens Taciano Varro (Arnaldo Rocha) e Lívia (Chico Xavier), no qual as notas do Evangelho sublimam as aspirações humanas. Lívia consola Taciano, afirmando que \"no futuro encontrar-nos-emos em Blandina\". Essa profecia realizou-se mais ou menos 1600 anos depois, na Avenida Santos Dumont, em Belo Horizonte, no encontro \"casual\" entre Arnaldo Rocha e Chico Xavier, após o qual Arnaldo Rocha, materialista convicto, deixa cair as escamas que lhe toldavam a visão espiritual.

Graças à amizade fraterna entre Arnaldo Rocha e Francisco Cândido Xavier, reconstituída pelo encontro \"acidental\" na Av. Santos Dumont, a história de amor entre Meimei e Arnaldo manteve-se como farol a iluminar a vida dele, agora em bases do Evangelho, que é o roteiro revelador do Amor Eterno.

Depois daquele encontro, que marcou o cumprimento da profecia de Lívia e Taciano Varro, Arnaldo, o jovem incauto e materialista, recebeu consolo para suas dores; presentes do céu foram materializados para dirimir sua solidão; pelas evidências do sobrenatural, incentivos nasceram para o estudo da Doutrina Espírita, surgindo, por conseqüência, novos amigos que indicaram ao jovem viúvo um caminho
diferente das conquistas na Terra.

Passando a viajar permanentemente a Pedro Leopoldo, berço da simplicidade da família Xavier, recebeu de Meimei, sua querida esposa, as mais belas missivas através da psicografia e da clarividência de Chico Xavier.

Faltam-nos palavras para expressar nossa ternura e respeito ao espírito Meimei que, por mais de seis décadas, tem inspirado os espíritas a seguir o Caminho, e a Verdade e a Vida Eterna.

Ao finalizar este singelo preito de gratidão a Irma de Castro Rocha, a doce Meimei das criancinhas, lembramos o pensamento do Benfeitor Emmanuel, que sintetiza a amizade dos trabalhadores do Espiritismo Evangélico em todo o Brasil com o Espírito Meimei: um verdadeiro \"sol que ilumina os tristes na senda da dor. Meimei, amor...\".

1 - Arnaldo Rocha, ex-consorte de Meimei, é trabalhador e conselheiro da União Espírita Mineira desde 1946. Amigo inseparável de Chico Xavier. Organizador dos livros Instruções Psicofônicas e Vozes do Grande Além, FEB. Co-autor do livro \"Chico, Diálogos e Recordações\", UEM.

Carlos Alberto Braga Costa

Fonte: O Espírita Mineiro, nº 295

É preciso que dêem mais frutos !!!



Irmãos, que a paz do Mestre nos envolva!

Encaremos o porvir com mais seriedade do que a temos tido até hoje.

É necessário que a nossa atividade cristã esteja constantemente se renovando, a fim de que os degraus da experiência que necessitam ser galgados possam estar em constante dinamismo para que a evolução da qual todos necessitamos se aproximem mais a cada dia de nós.

Jesus nos convida, a cada minuto, a que nos acerquemos mais celeremente de seus ensinamentos. No entanto, concita-nos a que a "obra" esteja constantemente vinculada à " teoria" de seus apostolados.

Na prática doutrinária ainda são muitas as tarefas que aguardam os seareiros das lides espiritualistas.

Muitas vezes, o envolvimento sutil se aproxima das mentes compromissadas mais de perto com as responsabilidades da obra, fraudando os pensamentos íntimos para que o Bem não se alastre e a sementeira não progrida.

É preciso estarmos vigilantes para que dos espinhos que a trajetória nos reserva durante a nossa caminhada no bem, só despontem à nossa frente os que forem determinados pela própria extensão desta mesma obra a que estamos sendo convidados. Nunca, porém, deixemo-los proliferar ao sabor de nossa pouca persistência em procurar os meios de auxiliar mais um tanto do que temos feito até hoje.

São eles os espinhos do excessivo pudor mediúnico, que pelo mal entendido que faz de suas tarefas na área, omite-se na sua fecundidade, impedindo que cresçam em bases perenes a mediunidade redentora e ser, ao mesmo tempo, impulsionadora de evolução, para onde esteja a serviço.

São os espinhos da terna e sedutora inércia na lavoura do conhecimento, machucando a alma devagarinho sem que disso a criatura se aperceba, fazendo com que, também, outras almas sejam resguardadas do avanço necessário no campo do próprio esclarecimento.

Surgem outros, porém, mais afiados e pertinazes, escondidos pelos roteiros dentro da própria luz do trabalho, mas que se imiscuem, devagarinho, nas mentes indisciplinadas, a fim de se imporem contra o progresso da programação espiritual de toda uma comunidade sintonizada com seus valores espirituais.

Outros, também sorrateiros, despontam dentro dos corações desavisados, constrangendo-os a nutrirem sentimentos antagônicos por todos aqueles que tragam maiores cotas de auxílio em benefício do próximo.

Quantos deles já são os que trazemos do ontem:- os espinhos da vaidade, da presunção, da imponência, da teimosia, da irresponsabilidade, da pouca fé e os vestígios de maldade ainda presentes em nós, visíveis pelo pouco espírito de fraternidade que ainda pulsa em nosso coração.

Por que permitirmos outros, além destes?

Trouxe-nos a doutrina espírita valioso roteiro a ser seguido na busca da libertação.

Convida-nos ela, a cada dia, que o ensinamento máximo de Kardec seja concretamente seguido: “Amai-vos e instruí-vos!"

O amor nos transportará às túnicas alvas e esplendorosas do Senhor, mas a instrução espiritual será o caminho que nos conduzirá até elas.”

Muitos escolhos do caminho são retirados da trajetória através do discernimento que tal compromisso com a nossa própria alma exige.

A batalha em favor do Bem deve ser sempre a bússola de quem "duvida" ou "teme" o eu de melhor deve ser feito.

Não disse Jesus que aquela figueira que não dá frutos deve ser lançada à inutilidade total ? Não disse o Mestre que se reconhece a árvore pelos frutos que dê?

Qual é o mal que advém do desejo de servir e amar?

Sejam as flores de nosso trabalho já no seu rumo acertado ainda mais perfumadas e belas ao contato de outras tantas que devam ser semeadas ao seu lado para que a paisagem do bem se enriqueça com a beleza dos bons propósitos postos a serviço daqueles que também devam palmilhar as mesmas trilhas.

Unamo-nos com seriedade nesta bendita batalha pela instauração do reino de luz e amor na humanidade.

Sejam nossos esforços redobrados e a nossa consciência despertada a cada dia para os compromissos outros de que ainda não tenhamos cogitado, mas que apenas aguardavam o seu momento de seguirem para testarem nossa capacidade de sermos fiéis a Jesus, a despeito de ferirem as nossas próprias convicções ou nossos próprios planos traçados para o amanhã.

Sejamos confiantes na suprema administração do Alto com relação às tarefas a serem desencumbidas pela administração carnal das obras de luz que o Mestre permitiu e permite servirem de intermédio de seu Amor magnânimo aos viajores sofridos da caminhada.

O destino do homem será mesmo o da fraternidade!

Comecemos já, neste sublime ministério a plantação incessante do amor em todos os seus matizes, para que o nosso irmão ao lado receba a luz que ainda não conseguiu divisar.

Mestre querido, ilumina nossas mentes e arrebata-nos para o Teu coração e mostra-nos o que queres de nós, para que este momento de transição se torne menos doloroso e menos difícil de ser transposto em busca da eterna paz do amanhã!!


Eurípedes Barsanulfo

( Mensagem psicografada por Rosane Amantéa, em 1987)

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©2010 Rosane Amantéa
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LOUIS ARMSTRONG


Louis Armstrong é, sem dúvida, o músico de jazz mais conhecido do público em todo o mundo. Foi chamado de “a personificação do jazz”. Seu retrato e sua voz são inconfundíveis, até para quem não é aficionado do jazz.

Nascido em Storyville, o distrito de Nova Orleans famoso por seu ambiente, digamos, diversificado, que incluía de bordéis até igrejas, passando por espeluncas diversas, Louis Daniel Armstrong passou a infância mergulhado em grande pobreza. Seu pai abandonou a família asssim que Louis nasceu. Dividindo seu tempo entre a liberdade das ruas e o trabalho para ajudar a família, o pequeno Louis tornou-se uma criança extremamente esperta e adaptada à vida difícil. Conseguiu comprar uma corneta e, sozinho, começou a aprender a tocá-la. Também cantava com um grupo pelas ruas para ganhar uns trocados a mais. Na noite do ano novo de 1912, por brincadeira, atirou para o alto com um revólver, e por isso foi enviado a um reformatório, onde passaria um ano e meio. Curiosamente, foi essa temporada no reformatório que o fez ter um contato intensivo com a música, tocando bugle e corneta na banda da instituição. Ali também começou a aprender harmonia. De volta à liberdade, fez diversos bicos para se sustentar, e aproveitava cada oportunidade para emprestar uma corneta e tocar onde fosse possível, dentre as inúmeras bandas que pululavam por New Orleans - uma música que, no entanto, ainda não era o jazz.

A extraordinária musicalidade inata de Armstrong, somada à disciplina técnica que havia adquirido na banda do reformatório, capacitaram-no a tocar num estilo pessoal, incisivo e virtuosístico que ultrapassava o estilo reinante em New Orleans naquele tempo. Por volta de 1917, Joe “King” Oliver, percebendo o talento do jovem, tomou Armstrong sob sua proteção, e quando foi para Chicago em 1918, recomendou Armstrong para substituí-lo na banda de Kid Ory. Louis tocou com a banda de Fate Marable entre 1919 e 1921, e em 1922 foi para Chicago para se juntar novamente a Oliver. Em 1924 casou-se com Lillian Hardin, a pianista do conjunto de Oliver (a segunda de suas quatro esposas). Por incentivo de Lil, Louis deixou Oliver e entrou para a orquestra de Fletcher Henderson em Nova Iorque, com quem ficaria pouco mais de um ano.

A estréia de Armstrong como líder se deu em 12 de novembro de 1925. Nos anos seguintes, Armstrong gravaria muito, com os Hot Five de 1925-1926, os Hot Seven de 1927 e os Hot Five de 1928 - os melhores (com seis integrantes), com Earl Hines ao piano. Toda essa série de gravações é absolutamente antológica, e ocupa um lugar central na história do jazz. Nelas, o gênio de Armstrong se revela em sua plenitude. Durante esse período, Armstrong também trabalhou com inúmeras orquestras. Foi por essa época que ele trocou definitivamente a corneta pelo trompete. A partir de 1929, Armstrong deixa os conjuntos pequenos e passa dezenove anos trabalhando apenas à frente de grandes orquestras, sempre como estrela absoluta. Em 1932 e 1933 fez suas primeiras turnês pela Europa. Em 1938 Louis e Lilian se divorciam e ele se casa com Alpha Smith. Em 1942 casa-se com Lucille Wilson, que seria sua esposa até o fim da vida. Nos anos 40, especialmente com o declínio do swing no pós-guerra, a música de Armstrong começou a ser considerada pelo público como um tanto fora de moda. Em 1948 forma o Louis Armstrong and His All Stars, um sexteto de grandes músicos, nos moldes do seu segundo Hot Five, agora com a participação do ex-clarinetista de Duke Ellington, Barney Bigard, o notável trombonista Jack Teagarden, o baixista Arvel Shaw, o grande baterista Sid Catlett, e o mestre Earl Hines ao piano. Esse conjunto se revela o contexto ideal para a arte de Armstrong, e com ele faz turnês por todo o mundo. No entanto, com o passar do tempo, ocorreram sucessivas mudanças no pessoal dos All Stars, o padrão musical caiu sensivelmente, e a música se tornou mais previsível.

Nos anos 50 e 60, Armstrong se tornou uma celebridade sem paralelo no mundo da música popular, graças não só às suas turnês e gravações, mas também, às suas participações em filmes. Apesar de ter sofrido um ataque cardíaco em 1959, continuou ativo e realizando turnês. Enfrentou algumas críticas por parte dos ativistas negros norte-americanos, pelo fato de não militar mais ativamente no movimento dos direitos civis. Porém é preciso lembrar que, naquela época, Louis já se aproximava dos 60 anos de idade, e pertencia a uma geração diferente daquela que estava assumindo a linha de frente dos protestos e da militância no final dos anos 50 e ao longo dos anos 60. Armstrong trabalhou até os seus últimos dias, e morreu dormindo em sua casa, em Nova Iorque, em 6 de julho de 1971.

Numa avaliação objetiva, no plano musical, toda a fama de Armstrong, de proporções quase mitológicas, é plenamente merecida. Ele efetivamente redefiniu o jazz, e foi o seu primeiro grande virtuose. Em primeiro lugar, Armstrong expandiu os limites de seu instrumento, ampliando a extensão do trompete até notas consideradas inacessíveis aos executantes anteriores, de tão agudas. Seu som é límpido e quente, com um vibrato absolutamente regular nos finais de frases, como poucos na história do jazz. Seu fraseado é admiravelmente focalizado e, acima de tudo, inventivo: Armstrong inicia e termina suas frases em pontos que nunca são óbvios. Sua improvisação nos depara uma imaginação que parece inesgotável. A influência de Armstrong pode ter sido mais direta ou indireta, dependendo das épocas e dos estilos em voga, porém nunca desapareceu completamente; está presente em todo o jazz. A maioria dos trompetistas que vieram depois de Armstrong têm alguma dívida para com ele.

Com o passar dos anos, Louis começou a cantar cada vez mais, às vezes até mais do que tocar, e foi principalmente essa imagem que ficou gravada no inconsciente coletivo - a de cantor e entertainer, mais do que trompetista. Alguns críticos consideram a propensão cada vez maior de Armstrong para cantar como um sinal claro de declínio ou acomodação no plano musical. Porém é preciso entender o canto de Armstrong como sendo mais uma faceta de seu talento, que já se manifestava em algum grau desde os anos 20. Com uma voz singular e sem paralelo na história da música - embora se tenha freqüentemente tentado imitá-la - Armstrong era um grande cantor. O timbre rouco e grave teria sido considerado esdrúxulo em qualquer outro contexto, porém para o jazz se mostrava um instrumento admirável. A entonação aparentemente “preguiçosa” escondia um timing perfeito e um senso rítmico impecável, que dava a cada frase o recorte perfeito. Uma outra característica única da voz de Armstrong era a maneira pela qual ele mantinha o vibrato mesmo nas consoantes finais das palavras (“ar-r-r-r-r”, “is-z-z-z-z”, etc). Finalmente, deve-se destacar que ele era um cantor imensamente expressivo, que valorizava cada verso da letra na medida exata.

Acima de tudo, Armstrong demonstrou, ao longo de toda a carreira, possuir uma personalidade generosa, em termos tanto humanos como musicais.
Editado por [usuário excluído] em Jun 30 2010, 23h29

Fontes (ver histórico)
http://www.ejazz.com.br/detalhes-artistas.asp?cd=53

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A augusta obra do Cristo




Reverenciando a postura do Mestre, agradecemos a força que emerge do seu coração a todos nós.

Ó Mestre tira-nos das incertezas que nos deixa sem a fé revigorante.

Mesmo em lágrimas Mestre, dá-nos a tua augusta compreensão, pois queremos seguir-te e crer que estamos no caminho da ascensão.

Ó Senhor, cercados do teu amor te dignificamos, te agradecemos, louvando a presença desse célebre amor a expandir em todas as direções do Universo.

E no limiar de um novo tempo, deixa-nos encetar projetos que a ti atenda nessa convocação que nos fazes para integrar o teu rebanho.

Que acatemos o teu chamado como ovelhas espalhadas no campo da tua fazenda.

Ó mestre, somos ainda medrosos e inseguros, por isso dá nos o teu porto seguro para que acompanhemos os desígnios desse tempo inovador.

Deixa-nos compreender que precisamos ascender para acompanhar a nova energia da terra.

Deixa-nos beber das santificantes luzes que espalhas na imensidão dos teus mundos

Dá nos Senhor a cumplicidade da vida em conivência com o amor que nos ofereces. Que possamos sentir a grandiosidade do teu ser luminoso.

Afasta de nós a terrível ignorância que trava os nossos passos em busca da luz verdadeira que os nossos espíritos necessitam.

Que possamos aprender e empreender a tua mensagem não apenas verbalmente, mas de coração aberto disseminando-a nos fazendo de teus fiéis discípulos por onde passarmos.

Amado Senhor, desejamos deixar para trás a pequenez de espírito.

Ensina-nos a falar somente o necessário.

A olhar com complacência os que sofrem

A ouvir atentamente a quem nos dirige a palavra.

A extirpar de nossas vidas os vícios imprestáveis que já não condizem com a nova criatura que desejamos ser.

Sejamos repassadores da tua palavra, com humildade, modéstia e com a sinceridade que vem do nosso coração.

Ó Mestre, desejamos abandonar as atitudes inferiores que tantas vezes nos faz lançar a maldade apenas com o nosso olhar.

Que possamos respeitar as nossas amizades em relevante carinho, porque sabemos mestre, que somente tu nos darás a indicações de um novo caminho.

Por fim, te pedimos a força para vencermos o maior inimigo da perfeição do ser humano: Nós mesmos.

Em ti e com a percepção nova da vida eu agradeço a tua luz em mim e para mim.

Sou a tua serva em exercício da palavra e dos teus exemplos de amor: Meimei

Canal: Francyska Almeida-200409-Fort-Ce.

DESCONTROLE EMOCIONAL




Por que será que o ser humano consegue se descontrolar tão facilmente?

É nesse momento que ele consegue reduzir todas as possibilidades de contato com as forças celestiais mais sutis.

Quem se descontrola e deseja sempre oferecer o troco do que recebeu, está longe do objetivo do comedimento da vida.

Que sentimentos que a criatura acessa durante uma explosão de raiva?

1. O desequilíbrio que ainda é portador

2. A realeza do seu orgulho e da sua vaidade

3. O desejo de sobrepujar aquele que possivelmente lhe ofendeu

4. A força da inferioridade que sua alma é portadora.

5. A falta do exercício da bondade e da compreensão

Quem ama releva os insultos.

Quem ama olha o agressor com compaixão percebendo que o seu estágio ainda comporta esse tipo de caráter.

Não há como iludir-se. Iludimo-nos somente com o que queremos para esconder os nossos defeitos.

Ler o legado de Jesus é uma tarefa fácil e de muitos. Sair da teoria para entrar na prática é o grande desafio das almas.

Jesus com toda sua mansidão jamais se impacientou, embora haja quem tenha feito registros de sua história acreditando que descompensado, frágil, agressivo e inquieto tenha chicoteado alguém que não entendeu o poder do seu amor.

Jesus é muito claro nas suas afirmativas: “O reino de Deus está dentro de vós. Bem aventurados todos os pacificadores porque herdarão a terra”.

Quando explodimos ao simples toque negativo de outra pessoa, a nossa alma perde tempo e nesse momento arrasta para si uma boa quantidade de energias indesejáveis.

Quem se desarmoniza facilmente ainda não sintonizou o amor cristico.

Existe sempre uma forma de dissimularmos as ofensas quando emitidas através de dardos contaminados de veneno.

Observemos onde pisamos e silenciemos as nossas observações pouco felizes.

Portanto, desejemos a paz, a humildade, a fala certa na hora certa para que mais tarde não nos tornemos vitimas de conceitos originais e antigos que não se baseiam mais na nova realidade da vida.

Através da vivencia cristã vivamos o bem, mesmo que não tenhamos nenhuma religião em vista.

Religião é caminho. Religião é conceito interno que a alma reinvidica de acordo com o seu amadurecimento.

Religião é amor e quem ama jamais deseja vingança.

Quem ama está sempre pronto a perdoar e a abandonar os melindres que tantos causam as depreciações indevidas.

Quem ama, caminha no amor e não se liga nas atitudes mesquinhas, porque exercita sempre as idéias altruístas visando o aprendizado necessário aos desmatamento das não virtudes recheadas de negatividades.

Somente crer no Cristo redivivo também não basta.

Quem almeja verdadeiramente aprender com o Cristo, não faz citações evangélicas, vive-as e atua com as mãos e o coração com todas elas.

As atitudes vividas com os seus ensinos anulam toda e qualquer indiferença.

Quem ama realiza com amor o que lhe vem na alma.

Quem ama não explode com palavras frias e calculistas.

Quem ama, espera com toda sinceridade a hora de deixar o recado bondoso que o seu coração compreende.

Quem já entrou pela porta dos ensinos amorosos de Jesus não pode justificar-se em agressões, violência ou respostas ao que recebeu de grosseiro em outra ocasião.

Quem lida com a espiritualidade não deve se justificar em contendas.

Quem ama de verdade, resgata toda ofensa com amor porque nenhuma delas conseguiu abater as virtudes de sua alma porque não mais se permite ser abalada por confrontos que negam a mensagem desse Amigo que reina em plenitude nos astros, nas estrelas, na lua e em outros locais e esferas onde sua luz irradia.

Quem se propõe a lidar com as lições de Jesus, jamais deve deixar a sua mensagem de revolta e sim de otimismo através de palavras suaves e sensatas, para que através do diálogo bondoso e feliz se estabeleça uma evidente reflexão.

Quem ama, não repete o que recebeu, vira o jogo e deixa no ar o seu verbo de elevado entendimento, elevando o outro diante da sua consciência que é a própria vida em aprendizado eterno.

A força desse amor que acreditamos lhes conceda uma parada para refletir a cerca do que Jesus possa está operando em suas vidas.

Este amor nos move em crédito, em proporções que tencionamos aumentar a cada dia na dimensão que nos acolhe desde o momento em que aqui nos aportamos de volta para a glória da vivencia dessa mensagem que nos aprofundamos todos os dias para a benção das nossas vidas se pluralizando aos que mendigam amor para a ressurreição exata da sua alma em qualquer tempo.

Amor, sempre amor é o caminho que deveremos seguir.

Exemplo maior de mansuetude? Jesus.

Nossa responsabilidade?

Segui-lo ao nosso tempo com abnegação, humildade, consciência e muito amor.

Meimei

Canal: Francyska Almeida-260509-Fort-Ce.

EMMANUEL






Emmanuel é o nobre Espírito responsável por um grande trabalho missionário. É o guia Espiritual do Médium Francisco Cândido Xavier. Coração Generoso, sabe repartir-se continuamente, em amor e simpatia, atendendo aos sofredores que o buscam. Sábio condutor de almas, sua palavra de luz se tem dirigido, sem distinções, a todos os que lhe batem à porta do coração, em dádivas de paz, de esclarecimento e de bom ânimo.

Há 2.000 anos atrás, Emmanuel foi Públio Lentulos, um orgulhoso senador romano, um patrício de alma indiferente e ingrata que vivera tão somente para César e para as falsas glórias do mundo. Viera a compreender e aceitar o Evangelho de Jesus nos derradeiros tempos de sua romagem terrestre. Após anos de cegueira, Públio Lentulos, desencarna na pavorosa erupção do Vesúvio, em agosto do ano 79, entre gêiseres de pedra e chuvas de cinza, explosões ensurdecedoras, relâmpagos ondas de lama, num espetáculo de horror...

Mas "50 anos depois das ruínas de pompéia, vamos encontrá-lo sob a veste humilde dos escravos, que o seu orgulhoso coração havia espezinhado outrora". Nestório, escravo judeu de Éfeso, estava o Senador de volta para o resgate de suas faltas e em busca da evolução. Foi na personalidade de Nestório, o judeu grego da Ásia Menor, o cristão humilde das catacumbas de Roma, que Emmanuel iniciou sua tarefa de Obreiro do Evangelho. Morreu na arena entre milhares de cristãos: crianças, jovens e velhos, servindo de espetáculo para a platéia.

Vários séculos se passaram, Emmanuel, antes de reencarnar-se na vila portuguesa de Sanfins, em Entre-Douro-e-Minho a 18 de outubro de 1517, aquele que iria chamar-se Padre Manoel da Nóbrega, visitou em espírito, o Brasil recém-descoberto; contemplou as florestas, apiedou-se dos indígenas e amou a Terra de Santa Cruz. Prepara-se para a grande missão que Deus lhe reservava. Em 1549, já reencarnado, vem com Tomé de Souza para o Brasil. Aqui viveu 21 anos de dedicações silenciosas e enormes sacrifícios. Colaborou na fundação de Salvador e Rio de Janeiro. Fundou São Paulo em 1554. Foi conselheiro dos governantes e protetor dos humildes, pai carinhoso dos curumins e enfermeiro dos abandonados, foi professor, pregador, médico, mentor esclarecido, político honesto, servidor de todos. "O Primeiro Apóstolo do Brasil". Em homenagem ao convertido de Damasco, "Paulo de Tarso", chega a adiar a inauguração do Colégio de Piratininga, a que dá o nome de São Paulo, para o dia da conversão do apóstolo, que a Igreja comemora a 25 de Janeiro, devido a fortes ligações entre eles... Ao completar 53 anos, no dia 18 de Outubro de 1570, após vários anos colocando sangue pela boca, desencarna Manuel da Nóbrega no Colégio do Rio de Janeiro, no antigo Morro do Castelo.

Cinqüenta anos depois renasce Manuel da Nóbrega em terra espanhola, onde prossegue em sua missão. É o Padre Damiano, sacerdote esclarecido e dedicado, vigário da igreja de São Vicente, em Ávila, a gloriosa cidade de Santa Teresa de Jesus. Damiano luta, dentro de seu invariável padrão de nobreza e equilíbrio, contra os cruéis mercadores de escravos, com a mesma coragem com que, na personalidade de Nóbrega, no Brasil, defendia os direitos e a liberdade dos indígenas. Sempre a mesma dedicação ao próximo, sereno, mas enérgico, destemido e corajoso. Contraindo implacável moléstia dos pulmões, o velho sacerdote veio a desencarnar em Paris, França.

A nobreza de caráter de Públio Lentulos, embora seus defeitos humanos, continua em Nestório, mas já iluminada e aperfeiçoada pela experiência da fé cristã. Acentua-se, permeando séculos e reencarnações, na alma abnegada de Nóbrega, o benemérito missionário. Acrisola-se, nessa continuidade psicológica, espiritual, na vida humilde do Padre Damiano, tanto quanto resplende, hoje, no Espírito de Emmanuel, como testemunham, suas realizações de amor em prol dos que sofrem, seus livros mediúnicos, monumentos de sabedoria e espiritualidade, seu pensamento lúcido e sincero.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Amor e Sabedoria de Emmanuel - Clóvis Tavares.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=9
http://www.editoraideal.com.b

Inconvenientes da vida


Quantas vezes nos sentimos tolhidos por atitudes que não nos agradam e que de repente gostaríamos de abandonar as situações mais importantes de nossas vidas?

Há inconvenientes que nos dilaceram a alma.

Há inconvenientes que precisamos digerir com amor.


No entanto, se compreendermos a necessidade de sermos cordatos em determinadas situações tudo fica mais leve.

Imagine se convivêssemos apenas com o que nos agrada e nos faz bem, onde estaria o mérito da superação?

Somos distintos isso já não temos dúvidas.

Conviver com as diversidades é preciso.

Muita gente quando percebe o impacto das diferenças foge e deixa de realizar talvez o seu grande e maior aprendizado.

A visão dos ignorantes apaga a elasticidade e a dimensão de se ver mais alto e com primorosidade.

Quem de nós não passou por inconvenientes insuportáveis mesmo sendo ao lado daqueles a quem amamos?

Haveremos de solicitar a Deus o discernimento e a aceitação, porque mesmo estando próximos do quadro dessas necessidades, não vamos poder modificar.

Já imaginou se fugirmos por conta das diferenças se temos um compromisso firmado para que algo possa alterar dentro de nós dentro da eternidade?

E previsível nos depararmos vez por outra com aqueles que nos chamam a implantarmos da tolerância em nós.

Daí amigos porque ninguém se aproxima de outrem por acaso.

Amizades têm tudo a ver com reencontros.

Reencontros têm tudo a ver com resgates do passado.

O passado tem tudo a ver com a melhora do ser humano no presente.

Portanto, não se iludam quanto mais difícil for a convivência, maior o débito vívido.

Então se fortaleçam com as energias do Cristo.

Fortaleçam-se na aceitação de que esse momento é preciso na vida de cada um que se propõe a ser um trabalhador do Cristo na terra, seja a que doutrina possa pertencer.

Aceitemos a ignorância ou a sabedoria do outro.

Todos estão em tempos diferente de entendimento.

Temos hoje energias diferente pelas leis das afinidades.

Mas em essências somos iguais e reguláveis ao tempo de amadurecimento espiritual.

A evolução não anda a galope.Ela tem seus passos cadenciados.

Então se percebe que a consciência precisa acontecer para que ela caminhe em direção a luz.

Ontem gladiadores sanguinários.

Hoje médiuns da luz para ressarcir em cura, em acolhimento a muitos apagando assim o cheiro do sangue derramado nas batalhas egoístas onde a frieza de alma estabelecia um parâmetro para as conquistas: Matar!

Como guerrilheiros, gladiadores e soldados enviados à guerra para vencer, voltam na condição de trabalhadores de Maria e do Cristo ainda marcados pelas antigas contendas e em fração de segundos, relembram esses motins de ódio e de desamor.

Sois hoje guerreiros da luz, e é para ela que trabalhai unidos no afã dos resgates em amor, em cura, em solidificação das antigas inimizades.

Voltemos ao presente.

Esse passado por si foi infernal.

Aproveitem o reencontro para a devida pacificação das almas que aqui aportam para a reflexão inconsciente dos erros passado.

Todos guerrearam nas contentas, nas competições de quem matasse mais!

Transpusemos hoje toda essa trajetória e entramos noutro caminho a sofregar paz, amor entendimento através do Rei da luz e luz da luz: Jesus, o Cristo de Deus.

Rejeição e outros sentimentos do passado agora não constroem a nova proposta cristica. Não levará, portanto nenhum trabalhador do Cristo a chama do progresso evolutivo.

Sintam-se peças da mesma máquina energética que um dia os uniu através das iniqüidades e que agora se une formando um novo equipamento que produz bem estar consciência, amor a si mesmo e ao outro.

Em relembranças positivas demos graças a Deus à sublime oportunidade de olhar e conviver com aqueles a quem nos unimos um dia com idéias contrárias.

Que se dissipem os velhos sentimentos do passado vermelho dando lugar a harmonia e a redenção.

Com votos cristicos, todo amor no hoje para transpor o ontem com consciência, entendimento e amor.

Merecidamente somos novas criaturas em Deus e para Deus.

Luiz Sérgio

Canal: Francyska Almeida-310510-Fort-Ce.

domingo, 27 de junho de 2010

EURÍPEDES BARSANULFO




Nasceu Eurípedes Barsanulfo na cidade de Sacramento (MInas Gerais), a 1° de Maio de 1880, e ai faleceu a 1° de Novembro de 1918.

Foram seus pais Hermógenes Ernesto de Araújo e D. Jerônima Pereira de Almeida, ambos, a princípio, pobres de haveres materiais, mas ricos de virtudes cristãs, as quais enchiam o lar honrado de alegria e paz.

Logo que pôde manisfestar os nobres sentimentos de que era dotado, revelou-se um menino admirável pela sua inteligência precoce, pela sua dedicação ao trabalho e ao estudo.

A sua juventude não decorreu despreocupada, como sói acontecer com aqueles que são bafejados pela fortuna. Muito jovem ainda, teve de enfrentar as vissicitudes do lar, promovendo os meios de auxiliá-lo.

Cresceu e viveu sempre ao lado de seus progenitores, para os quais foi um verdadeiro arrimo. Trabalhador e dócil, cursou as aulas do Colégio Miranda, estabelecimento de ensino dirigido pelo hábil educador João Derwil de Miranda. Na madrugada da vida, mostrava grande propensão para seguir a carreira das letras. Quando estudante, auxiliava os professores, lecionando os seus condiscípulos, e tal era a sua queda para o magistério que se tornou o professor de seus próprios irmãos.

Querendo tudo saber, Barsanulfo conseguiu em poucos anos uma sólida e primorosa cultura. Do Colégio passou ao escritório comercial do seu pai, onde trabalhou como guarda-livros.

Em Janeiro de 1902, com seus antigos professores, Dr. João Gomes Vieira de Melo, Inácio Martins de Melo e com seu colega José Martins Borges, secundado por outros elementos, fundou o Liceu Sacramento, instituto de ensino primário e secundário, onde exerceu a cátedra por cinco anos seguidos, com raro brilhantismo lecionando, quando fazia-se necessário, todas as matérias do curso.

Concomitantemente com a fundação do referido Liceu, surgiu a público a "Gazeta de Sacramento", hebdomadário que saía aos domingos e que foi por ele redigido durante dois anos. Nessa folha, Barsanulfo fêz a sua estréia como jornalista, escrevendo artigos sobre economia política, direito público, métodos educacionais, literatura, filosofia, etc. Colaborou, igualmente, de modo fecundo e brilhante, em diversos outros jornais.

Graças à sua inteligência privilegiada e ao seu próprio esforço, chegou a possuir tal cultura, que os seus biógrafos a consideram verdadeiramente assombrosa. Tinha profundos e largos conhecimentos de Medicina e Direito. Dissertava sobre astronomia, filosofia, matemática, ciências físicas e naturais, literatura, com a mais extraordinária segurança, sem possuir nenhum diploma de escola superior.

As suas árduas tarefas no magistério, na imprensa e na tribuna; a lhaneza de seu coração, sempre pronto a socorrer os necessitados; a sua palavra amiga e conselheira; a probidade de seu caráter, - tudo isso o fêz o ídolo dos seus conterrâneos. Estes, desejosos de o terem no cenário da política local, elegeram-no Vereador. Pelo espaço de seis anos exerceu o mandato de Vereador, dotando a municipalidade de Sacramento com força, luz e bondes elétricos, água encanada, cemitério público tanto para esta como para a povoação de Conquista. Mas a política não era o clima a que ele aspirava. Depois de prestar-lhe serviços, dela se afastou espontâneamente.

Por essa ocasião, Barsanulfo era fervoroso católico, presidente da Conferência de S. Vicente de Paula.

Espírito livre, talhado para os grandes surtos da espiritualidade, era fatal o abandono futuro da religião que recebera no berço.

É assim que certo dia, tendo conhecimento de espantosas curas realizadas no campo do Espiritismo, resolveu saber o que de verdade havia nesses relatos. Como seus parentes de Sta. Maria pregavam e praticavam o Espiritismo, no Centro Espírita Fé e Amor, bastante conhecido naquele povoado e um dos mais antigos naquela região, Barsanulfo para ali rumou, no propósito de pessoalmente investigar os fatos.

Observando, em várias sessões, fenômenos de tiptologia, comunicações de alta expressão filosófica, curas maravilhosas, estudou-os cuidadosamente e, de volta a sua terra natal, trouxe consigo as obras kardequianas, que o levaram, afinal, em 1905, a converter-se ao Espiritismo. Deste se tornou, desde então, o maior propagandista naquela região mineira, especialmente pelo exemplo. A obra que Eurípedes erigiu, em Sacramento, é um desses monumentos grandiosos e imperecíveis que atestam a sua fortaleza moral e a pujança de sua fé luminosa.

Durante doze anos e sete meses foi presidente do Grupo Espírita "Esperança e Caridade", por ele fundado. Como dependência desse Grupo, surgiu em 2 de abril de 1907 o magnífico e grande Colégio "Allan Kardec".

Este importante estabelecimento funcionou sob a sua competente direção durante todo o tempo em que viveu aqui na Terra, deixando-o apenas oito dias antes de desencarnar. Milhares de pobres e órfãos, de ambos os sexos, ali receberam gratuitamente a instrução intelectual e moral, obra esta continuada pelos irmãos do saudoso Eurípedes. Todas as quartas-feiras pregava o Evangelho de Jesus aos alunos do Colégio, incentivando-os, em termos simples, ao amor e à caridade.

Em suas calorosas polêmicas, das quais sempre saiu vitorioso, jamais se lhe passou no íntimo o menor lampezo de vaidade, jamais guardou qualquer resquísio de mágoa, jamais desceu ao terreno ingrato das retaliações pessoais, tratando todos os seus contendores com a máxima elegância possível e não menor amor cristão.

Eurípedes Barsanulfo era dotado de diversas faculdades mediúnicas desenvolvidas, sendo médium curador, receitista, auditivo, vidente, intuitivo, falante e psicógrafo. Era com muita facilidade que ele se desdobrava de um lugar para o outro, e dava a topografia exata dos locais por onde o seu Espírito passava.

Foi o refúgio para todos os aflitos e abandonados da sorte. Centenas de desenganados pela ciência da Terra encontraram em Sacramento o lenitivo para os seus males. Com o auxílio dos Espíritos Superiores, entre eles Bezerra de Menezes, o nosso Barsanulfo curava quase todas as enfermidades.

Homem que não temia difundir as verdades que professava, foi a encarnação do verdadeiro espírita. Fiel discípulo de Jesus, era o consolo e o amparo de todos aqueles que o procuravam, e a todos dispensava indistintamente o mesmo acolhimento, o mesmo amor. Não consta que houvesse deixado inimigos pessoais.

Em razão de tudo isso, ele gozava de grande popularidade em sua terra natal e até mesmo em todo o Estado de Minas. Ainda hoje Barsanulfo continua a ser relembrado e abençoado naquela região, onde deixou traços indeléveis de sua brilhante passagem. No dia 1° de Novembro de 1918, falecia em sua cidade natal, vítima de pandemia de gripe.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Grandes Espíritas do Brasil de Zêus Wantuil
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=10
http://www.editoraideal.com.br

Joanna de Ângelis



Um espírito que irradia ternura e sabedoria, despertando-nos para a vivência do amor na sua mais elevada expressão, mesmo que, para vivê-lo, seja-nos imposta grande soma de sacrifícios. Trata-se do Espírito que se faz conhecido pelo nome JOANNA DE ÂNGELIS, e que, nas estradas dos séculos, vamos encontrá-la na mansa figura de JOANA DE CUSA, numa discípula de Francisco de Assis, na grandiosa SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ e na intimorata JOANA ANGÉLICA DE JESUS. Conheça agora cada um deste personagens que marcaram a história com o seu exemplo de humildade e heroísmo.

JOANA DE CUSA

Joana de Cusa, segundo informações de Humberto de Campos, no livro "Boa Nova", era alguém que possuía verdadeira fé. Narra o autor que: "Entre a multidão que invariavelmente acompanhava JESUS nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjulgavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores".


O seu esposo, alto funcionário de Herodes, não lhe compartilhava os anseios de espiritualidade, não tolerando a doutrina daquele Mestre que Joana seguia com acendrado amor. Vergada ao peso das injunções domésticas, angustiada pela incompreensão e intolerância do esposo, buscou ouvir a palavra de conforto de JESUS que, ao invés de convidá-la a engrossar as fileiras dos que O seguiam pelas ruas e estradas da Galiléia, aconselhou-a a seguí-Lo a distância, servido-O dentro do próprio lar, tornando-se um verdadeiro exemplo de pessoa cristã, no atendimento ao próximo mais próximo: seu esposo, a quem deveria servir com amorosa dedicação, sendo fiel a Deus, amando o companheiro do mundo como se fora seu filho. JESUS traçou-lhe um roteiro de conduta que lhe facultou viver com resignação o resto de sua vida. Mais tarde, tornou-se mãe.


Com o passar do tempo, as atribuições se foram avolumando. O esposo, após uma vida tumultuada e inditosa, faleceu, deixando Joana sem recursos e com o filho para criar. Corajosa, buscou trabalhar. Esquecendo "o conforto da nobreza material, dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais subalternos afazeres domésticos, para que seu filhinho tivesse pão". Trabalhou até a velhisse. Já idosa, com os cabelos embranquecidos, foi levada ao circo dos martírios, juntamente com o filho moço, para testemunhar o amor por JESUS, o Mestre que havia iluminado a sua vida acenando-lhe com esperanças de um amanhã feliz. Narra Humberto de Campos, no livro citado:


"Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações.
- Abjura!... - excalama um executor das ordens imperiais, de olhar cruel e sombrio.
A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de queixa. Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que exclama, entre lágrimas: - "Repudia a JESUS, minha mãe!... Não vês que nós perdemos?! Abjura!... por mim, que sou teu filho!..."
Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das lágrimas. As rogativas do filho são espadas de angustia que lhe retalham o coração.
Após recordar sua existência inteira, responde:
"- Cala-te, meu filho! JESUS era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a DEUS!"
Logo em seguida, as labaredas consomem o seu corpo envelhecido, libertando-a para a companhia do seu Mestre, a quem tão bem soube servir e com quem aprendeu a sublimar o amor.

UMA DISCÍPULA DE FRANCISCO DE ASSIS

Séculos depois, Francisco, o "Pobrezinho de Deus", o "Sol de Assis", reorganiza o "Exército de Amor do Rei Galileu", ela também se candidata a viver com ele a simplicidade do Evangelho de Jesus, que a tudo ama e compreende, entoando a canção da fraternidade universal.

SOROR JUANA INÉS DE LA CRUZ

No século XVII ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem. Renasce em 1651 na pequenina San Miguel Nepantla, a uns oitenta quilômetros da cidade do México, com o nome de JUANA DE ASBAJE Y RAMIREZ DE SANTILLANA, filha de pai basco e mãe indígena.
Após 3 anos de idade, fascinada pelas letras, ao ver sua irmã aprender a ler e escrever, engana a professora e diz-lhe que sua mãe mandara pedir-lhe que a alfabetizasse. A mestra, acostumada com a precocidade da criança, que já respondia ás perguntas que a irmã ignorava, passa a ensinar-lhe as primeiras letras.
Começou a fazer versos aos 5 anos.
Aos 6 anos, Juana dominava perfeitamente o idioma pátrio, além de possuir habilidades para costura e outros afazeres comuns às mulheres da época. Soube que existia no México uma Universidade e empolgou-se com a idéia de no futuro, poder aprender mais e mais entre os doutores. Em conversa com o pai, confidenciou suas perspectivas para o futuro. Dom Manuel, como um bom espanhol, riu-se e disse gracejando:
-"Só se você se vestir de homem, porque lá só os rapazes ricos podem estudar." Juana ficou surpresa com a novidade, e logo correu à sua mãe solicitando insistentemente que a vestisse de homem desde já, pois não queria, em hipótese alguma, ficar fora da Universidade.
Na Capital, aos 12 anos, Juana aprendeu latim em 20 aulas, e português, sozinha. Além disso, falava nahuatl, uma língua indígena. O Marquês de Mancera, querendo criar uma corte brilhante, na tradição européia, convidou a menina-prodígio de 13 anos para dama de companhia de sua mulher.
Na Corte encantou a todos com sua beleza, inteligência e graciosidade, tornando-se conhecida e admirada pelas suas poesias, seus ensaios e peças bem-humoradas. Um dia, o Vice-rei resolveu testar os conhecimentos da vivaz menina e reuniu 40 especialistas da Universidade do México para interrogá-la sobre os mais diversos assuntos. A platéia assistiu, pasmada, àquela jovem de 15 anos responder, durante horas, ao bombardeio das perguntas dos professores. E tanto a platéia como os próprios especialistas aplaudiram-na, ao final, ficando satisfeito o Vice-rei.
Mas, a sua sede de saber era mais forte que a ilusão de prosseguir brilhando na Corte.
A fim de se dedicar mais aos seus estudos e penetrar com profundidade no seu mundo interior, numa busca incessante de união com o divino, ansiosa por compreender Deus através de sua criação, resolveu ingressar no Convento das Carmelitas Descalças, aos 16 anos de idade. Desacostumada com a rigidez ascética, adoeceu e retornou à Corte. Seguindo orientação de seu confessor, foi para a ordem de São Jerônimo da Conceição, que tem menos obrigações religiosas, podendo dedicar-se às letras e à ciência. Tomou o nome de SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ.
Na sua confortável cela, cercada por inúmeros livros, globos terrestres, instrumentos musicais e científicos, Juana estudava, escrevia seus poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Era freqüentemente visitada por intelectuais europeus e do Novo Mundo, intercambiando conhecimentos e experiências.
A linda monja era conhecida e admirada por todos, sendo os seus escritos popularizados não só entre os religiosos, como também entre os estudantes e mestres das Universidades de vários lugares. Era conhecida como a "Monja da Biblioteca".
Se imortalizou também por defender o direito da mulher de ser inteligente, capaz de lecionar e pregar livremente.
Em 1695 houve uma epidemia de peste na região. Juana socorreu durante o dia e a noite as suas irmãs reliogiosas que, juntamente com a maioria da população, estavam enfermas. Foram morrendo, aos poucos, uma a uma das suas assistidas e quando não restava mais religiosas, ela, abatida e doente, tombou vencida, aos 44 anos de idade.

SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS

Passados 66 anos do seu regresso à Pátria Espiritual, retornou, agora na cidade de Salvador na Bahia, em 1761, como JOANA ANGÉLICA, filha de uma abastada família. Aos 21 anos de idade ingressou no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS, fazendo profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Foi irmã, escrivã e vigária, quando, e, 1815, tornou-se Abadessa e, no dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o Convento, a casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.


Nos planos divinos, já havia uma programação para esta sua vida no Brasil, desde antes, quando reencarnara no México como Sóror Juana Inés de La Cruz. Daí, sua facilidade estrema para aprender português. É que, nas terras brasileiras, estavam reencarnados, e reencarnariam brevemente, Espíritos ligados a ela, almas comprometidas com a Lei Divina, que faziam parte de sua família espiritual e aos quais desejava auxiliar.
Dentre esses afeiçoados a Joanna de Ângelis, destacamos Amélia Rodrigues, educadora, poetisa, romancista, dramaturga, oradora e contista que viveu no fim do século passado ao início deste.

JOANNA NA ESPIRITUALIDADE

Quando, na metade do século passado, "as potências do Céu" se abalaram, e um movimento de renovação se alastrou pela América e pala Europa, fazendo soar aos "quatro cantos" a canção da esperança com a revelação da vida imortal, Joanna de Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade, para o trabalho de implantação do Cristianismo redivivo, do Consolador prometido por Jesus. E ela, no livro "Após a Tempestade", em sua última mensagem, referindo-se aos componentes de sua equipe de trabalho diz:


"Quando se preparavam os dias da Codificação Espírita, que ando se convocavam trabalhadores dispostos à luta, quando se anunciavam as horas preditas, quando se arregimentavam seareiros para Terra, escutamos o convite celeste e nos apressamos a oferecer nossas parcas forças, quanto nós mesmos, a fim de servir, na ínfima condição de sulcadores do solo onde deveriam cair as sementes de luz do Evangelho do Reino."
Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" vamos encontrar duas mensagens assinadas por "Um Espírito amigo". A primeira, no Cap. IX, item 7 com o título "A paciência", escrita em Havre, 1.862. A segunda no Cap. XVIII itens 13 e 15 intitulada "Dar-se-á àquele que tem", psicografada no mesmo ano que a anterior, na cidade de Bordéus. Se observarmos bem, veremos a mesma Joanna que nos escreve hoje, ditando no passado uma bela página, como o modelo das nossas atitudes, em qualquer situação. No mundo Espiritual, Joanna estagia numa bonita região, próxima da Crosta terrestre.


Quando vários Espíritos ligados a ela, antigos cristãos equivocados se preparavam para reencarnar, reuniu a todos e planejou construir na Terra, sob o céu da Bahia no Brasil, uma cópia, embora imperfeita, da Comunidade onde estagiava no Plano Espiritual, com o objetivo de, redimindo os antigos cristãos, criar uma experiência educativa que demonstrasse a viabilidade de se viver numa comunidade, realmente cristã, nos dias atuais. Espíritos gravemente enfermos, não necessariamente vinculados aos seus orientadores encarnados, viriam na condições de órfãos, proporcionando oportunidade de burilamento, ao tempo em que, eles próprios, se iriam liberando das injunções cármicas mais dolorosas e avançando na direção de Jesus.
Engenheiros capacitados foram convidados para traçarem os contornos gerais dos trabalhos e instruírem os pioneiros da futura Obra.


Quando estava tudo esboçado, Joanna procurou entrar em contato com Francisco de Assis, solicitando que examinasse os seus planos e auxiliasse na concretização dos mesmos, no Plano Material.
O "Pobrezinho de Deus" concordou com a Mentora e se prontificou a colaborar com a Obra, desde que "nessa Comunidade jamais fosse olvidado o amor aos infelizes do mundo, ou negada a Caridade aos "filhos do Calvário", nem se estabelecesse a presunção que é vérmina a destruir as melhores edificações do sentimento moral'.


Quase um século foi passado, quando os obreiros do Senhor iniciaram na Terra, em 1947, a materialização dos planos de Joanna, que inspirava e orientava, secundada por Técnicos Espirituais dedicados que espalhavam ozônio especial pela psicosfera conturbada da região escolhida, onde seria construída a "Mansão do Caminho", nome dado à alusão à "Casa do Caminho" dos primeiros cristãos.


Nesse ínterim, os colaboradores foram reencarnando, em lugares diversos, em épocas diferente, com instrução variada e experiências diversificadas para, aos poucos, e quando necessário, serem "chamados" para atender aos compromissos assumidos na espiritualidade. Nem todos, porém, residiriam na Comunidade, mas, de onde se encontrassem, enviariam a sua ajuda, estenderiam a mensagem evangélica, solidários e vigilantes, ligados ao trabalho comum.


A Instituição crescendo sempre comprometida a assistir os sofredores da Terra, os tombados nas provações, os que se encontram a um passo da loucura e do suicídio. Graças às atividades desenvolvidas, tanto no plano material como no plano espiritual, com a terapia de emergência a recém-desencarnados e atendimentos especiais, a "Mansão do Caminho" adquiriu uma vibração de espiritualidade que suplantas humanas vibrações dos que ali residem e colaboram.



Texto extraído do livro: "A Veneranda Joanna de Ângelis"

Autoria de Celeste Carneiro em Parceria com Divaldo Pereira Franco

http://www.espiritismogi.com.br

ANDRÉ LUIZ



O espírito que conhecemos como André Luiz, em sua última encarnação foi um médico brasileiro residente no Rio de Janeiro. 



Com bons conhecimentos científicos e grande capacidade de observação, foi-lhe permitido relatar, através do médium Francisco Cândido Xavier, suas experiências como desencarnado. Desejando manter o anonimato - possivelmente respeitando parentes ainda encarnados - quando questionado sobre seu nome, respondeu adotando o nome de um dos irmãos de Chico Xavier.



Alguns espíritas, talvez mais levados pela curiosidade do que por fins práticos, já criaram algumas hipóteses sobre a identificação do médico carioca desencarnado, mas são apenas especulações sem maior solidez ou confirmação pelo próprio André Luiz. 



O primeiro livro de André Luiz é de 1943 e chama-se  "NOSSO LAR".






Neste livro ele descreve sua chegada ao plano espiritual, iniciando pelo período de pertubação imediato após a morte, seguindo pelo seu restabelecimento e primeiras atividades, até o momento em que se torna "cidadão" de "Nosso Lar", colônia espiritual que dá nome ao livro.

 


Seguem-se outras obras que descrevem experiências e estudos do autor no plano espiritual, que ao longo da obra vão cada vez mais sendo direcionados a tarefa de esclarecimento dos encarnados sobre as realidades do plano espiritual, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier (as datas são dos prefácios de Emmanuel):

 


26 de fevereiro de 1944 - Os Mensageiros, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

13 de maio de 1945 - Missionários da Luz, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

25 de março de 1946 - Obreiros da Vida Eterna, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

25 de março de 1947 - No Mundo Maior, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

18 de junho de 1947 - Agenda Cristã, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

22 de fevereiro de 1949 - Libertação, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

23 de janeiro de 1954 - Entre o Céu e a Terra, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

3 de outubro de 1954 - Nos Domínios da Mediunidade, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

1 de janeiro de 1957 - Ação e Reação, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

21 de julho de 1958 - Evolução em dois Mundos, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB
 

6 de agosto de 1959 - Mecanismos da Mediunidade, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

17 de janeiro de 1960 - Conduta Espírita, médium Waldo Vieira, FEB
 

4 de julho de 1963 - Sexo e Destino, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB
 

2 de janeiro de 1964 - Desobsessão, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB
 

18 de abril de 1968 - E a Vida Continua, médium Francisco Cândido Xavier, FEB
 

21 de maior de 1975 - Respostas da Vida, Médium Francisco Cândido Xavier, IDEAL

 



Além destes livros, André Luiz, também participou de obras conjuntas com outros autores espirituais, principalmente Emmanuel. A relação abaixo, indica algumas destas obras (as datas são dos prefácios):

 

9 de outubro de 1961, O Espírito da Verdade, Autores Diversos, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB
 

2 de julho de 1963, Opinião Espírita, Emmanuel e André Luiz, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB
 

11 de fevereiro de 1965, Estude e Viva, Emmanuel e André Luiz, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB
 

15 de maio de 1965, Entre Irmãos de Outras Terras, Autores Diversos, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB
 

3 de junho de 1972, Mãos Marcadas, Autores Diversos, médiun Francisco Cândido Xavier, IDE
 

3 de outubro de 1973, Astronautas do Além, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires, GEEM
 

15 de maio de 1983, Os Dois Maiores Amores, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, GEEM
 

6 de agosto de 1987, Cura, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, G.E.E.M
 

17 de janeiro de 1989, Doutrina e Aplicação, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, CEU

 


A obra medíunica de André Luiz teve - e ainda tem - uma influência considerável sobre o movimento espírita. Suas descrições do plano espiritual - tornando mais preciso e detalhado nosso conhecimento do mesmo - estabeleceram novo patamar de compreensão da vida espiritual, também incentivaram a criação de instituições espíritas devotadas as atividades assistências e grupos de estudos inumeráveis. 







Por exemplo, temos as "Casas André Luiz" e o "Grupo Espírita Nosso Lar", que se dedicam ao atendimento de crianças deficientes; a "Casa Transitória Fabiano de Cristo", que se dedica ao atendimento de gestantes carentes; o grupo "Os Mensageiros" que se dedica a distribuição gratuita de mensagens espíritas; a própria Associação Médico-Espírita, que tem aprofundado o estudo das obras mediúnicas de André Luiz e suas relações com a prática médica.

 


É interessante observar que o primeiro livro de André Luiz - NOSSO LAR - causou grande impacto pela novidade de suas informações, alguns chegaram a contestar suas descrições de uma vida espiritual muito semelhante a que levamos na Terra, mas o acúmulo de evidências - deste mensagens descrevendo de modo fragmentário a vida espiritual, até obras completas de outros espíritos, por médiuns como Yvonne A. Pereira - provaram sua veracidade. 



O mais curioso é que descrições semelhantes já existiam desde os primeiros tempos do "Modern Spiritualism" - por exemplo, as que foram registradas por Andrew Jackson Davis (nasc. 1826 - desenc. 1910) - mas tinham caido no esquecimento.






Fontes:
 

As Vidas de Chico Xavier, Marcel Souto Maior, Ed. Rocco;
Chico Xavier - Mensageiro de Deus, Coleção Luzes do Caminho, Editora Escala;
Ciclo de Estudos Sobre a Obra Evolução em Dois Mundos - Boletim
Médico-Espírita número 5, Dr. Paulo Bearzoti, AME;
História do Espiritismo, Arthur Connan Doyle, trad. Julio de Abreu Filho, Editora Pensamento;
Lindos Casos de Francisco Cândido Xavier, Ramiro Gama, LAKE;
Obras diversas de André Luiz;
Site: http://www.espiritismogi.com.br
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=2
(Publicado em 22/03/2009)
http://www.editoraideal.com.br/




IRMÃ SHEILLA



                            
                              BIOGRAFIA



Encarnações Anteriores:

Tem-se notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e outra na Alemanha. Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a 28/01/1572 e desencarnada em Moulins a 13/12/1641. Ficou conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal.

Casará-se, aos 20 anos, com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, passou a dedicar-se à obras piedosas e orações, juntamente com os deveres de mãe para com seus 4 filhos.

Fundou, em 1604, juntamente com o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, em Annecy, a congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora, em Paris. Em 1619, Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem de Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da Ordem. A 13 de dezembro de 1641 ela veio a falecer.

A outra encarnação conhecida de Scheilla, verificou-se na Alemanha. Com a guerra no continente Europeu, aflições e angústias assolaram a cidade de Berlim, na Alemanha, onde Scheilla atuava como enfermeira. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus olhos, azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade. Via primeiro a dor, depois a criatura... Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria no campo de lutas, aos 28 anos de idade. Muitos anos depois, surgia nas esferas superiores da espiritualidade, com o seu mesmo estilo, aprimorado carinho e dedicação, Scheilla, a Enfermeira do Alto!

Trabalho Espiritual no Brasil

Tudo indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no Brasil.

Atualmente nossa querida Mentora trabalha na Espiritualidade, juntamente com Cairbar Schutel, Coordenador Geral da Colônia Espiritual Alvorada Nova. Scheilla desenvolve um trabalho forte e muito amplo, com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes que formam o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente, decidindo às questões pertinentes.

Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, iniciadas em 1948 pelo médium "Peixotinho", surgiu a figura caridosa de Scheilla. Em Belo Horizonte , marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade de submeter a tratamento dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças, era Scheilla. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-claro, ao qual se referiu dizendo tratar-se de um emissor de radioatividade, ainda desconhecido na Terra. Fez aplicações em dona Ló. Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e proferiu uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher.

Em vários grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde, sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos, deixando no recinto o perfume de flores que lhe caracterizam.

Na obra "Chico Xavier - 40 Anos no Mundo da Mediunidade" de Roque Jacintho, encontramos o seguinte depoimento: "Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violência. (-Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara, servindo-se da mediunidade de Chico!" "Na assistência reduzida, estava presente um cientista suíço, materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares. Scheilla, em sotaque alemão, anunciou: -Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço -, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a figura da mãezinha ausente."

Tempos depois, um outro raro instante se deu com a presença de Scheilla. "Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se retirado para o dormitório do casal, onde permaneceria em transe mediúnico. Uma onda de perfume, corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu forte sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo: -Eu me sinto mal - diz Bissoli - Você - informou Scheilla - come muita manteiga Bissoli. Vou tirar uma radiografia de seu estômago. A pedido, nosso companheiro levantou a camisa. O espírito corporificado aproxima-se e entrecorre, num sentido horizontal, os seus dedos semi-abertos sobre a região do estômago de nosso amigo. E tal se lhe incrustassem uma tela de vidro no abdômen, podíamos ver as vísceras em funcionamento. - Pronto! - diz Scheilla, apagando o fenômeno. - Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe dêem um remédio."

Ao término destes singelos apontamentos biográficos, com muito respeito por esse Espírito Missionário, de tanta dedicação e amor em nome de Jesus, só nos resta agradecer a assistência e amor doados por ela.

"ABENÇOA SEMPRE... Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre."

Scheilla


Fonte:
Núcleo Espírita Irmã Scheilla
www.neis.org.br
Link da Página:
http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=15
www.editoraideal.com.br/

SE FICAR DIFÍCIL....

  
ALMA QUERIDA,
 

Nas circunstâncias difíceis, quando tudo parece enovelar-se de teias sinistras que vos sufocam e vos oprimem o peito idealista e ardoroso, buscai contemplar o perfil espiritual do Mestre Jesus, que sempre foi e será o sublime recurso para os momentos de desfalecimento e as horas de íntimo descontentamento para com o amargor da vida carnal.

Sem embargo, as lutas árduas do templo material de ressarcimento, representado nesta Terra-escola através da organização celular perecível, são chamas vivas que ardem em poucos segundos da eternidade, abrindo, porém, para o futuro da imortalidade o clarão eterno do encontro da alma purificada e redimida com seu magnânimo Criador.

Os escaninhos da alma suportam pesos extremos de erros acumulados no decurso das encarnações sucessivas, e a urgência em expurgá-los de vosso ombro cansado reclama o preço de dores supostamente invencíveis e arrasadoramente torturantes para as almas frágeis e despertas para o sublime caminho do aperfeiçoamento.

O que sugere, a princípio, a angústia, o medo, a insegurança e a dor, pela passagem dolorosa na estreita via regeneradora dos acontecimentos imprevistos, declara e demonstra, a seguir, o fruto primoroso desvendado como obra artística de valor singular e imortal, como resultado da empreitada carnal aceita, pacificamente, como desafio necessário.

Portanto, não sejais vós, criaturas ainda mendicantes de evolução e do amor maior que ainda deveis angariar em vossas almas, os que recusem a bênção da lapidação benfeitora, mesmo que ela vos custe períodos de acerbos constrangimentos na esfera do relacionamento consangüíneo, na área profissional, espiritual, emocional, afetiva ou de saúde.

Quiséramos, outrora, ter recebido esta preciosidade de informaçãoes de que hoje somos portadores, personificada pela" Doutrina da Verdade ", que mostra-nos a reação de cada ação cometida, e não teríamos, todos nós, deixado de fazer morrer no nascedouro, as causas desastrosas que nos trouxeram aos acontecimentos tempestuosos que chegaram às nossas vidas como consequencia de nossos atos.

Aproveitai, então, esta Verdade, por todas as formas pela qual ela tem sido revelada, como refrigério para as dores do mundo, nas suas mais minuciosas recomendações, não desgastando vossos imorredouros recursos de fé e fortaleza, ao acariciar pensamentos turvos e inverídicos com relação às vossas necessidades espirituais do momento, geralmente enganosas, atravessadas pela ansiedade, desespero e falta de prudência.

Mui comumente, são as chagas de vosso coração tão cruéis para com os sentimentos que neles já se hospedam, que chegam a fazer nascer de si borbotões de desânimo e tédio que nele crescem com a velocidade de um raio, nublando aquelas centelhas iluminadas de amor e grande esperança que já haviam brotado no terreno fértil de vossas convicções, adquiridas com a romagem antiga de vossa alma pelas trilhas do conhecimento.

Surge, então, a certa altura de vossas cogitações permanentes em torno de vossa particular trajetória carnal, o momento de se esclarecer, através da luz do intercâmbio espiritual, que traz as palavras dos mestres e dos sábios de outros planos de vida, os pontos obscuros àqueles que, tão sós no seu itinerário se encontram, que já se acostumaram a não encontrar "Respostas" nos que lhes compartilham a existência dorida.

São "elas", por vezes, respostas que talvez não esperáveis, pois que o vosso próprio anseio de ver desalgemadas da carne as cintilações do vosso espírito cansado, tenta apressar momentos não chegados para as soluções verdadeiras de vossos problemas.

Não pensai que a vida e seus desafios vos concitam a entrar no redemoinho da desesperança. Muitas vezes, através de insensatas atitudes extremas, tentais golpear a própria vida, em total desacordo com o benefício de ainda terdes oportunidades maiores de aprendizado e evolução.

Deixai para um momento incógnito do futuro de vossas almas encarnadas o ato vitorioso de alçar vôo decisivo aos pátrios e promissores campos da vida verdadeira.

Derramem-se, ainda, de vosso celeiro individual de poderes concedidos e conquistas alcançadas, as benesses possíveis ao mundo choroso e carente, ignorante e recalcitrante em que aportásteis para tarefas santificadoras, mesmo que aparentemente já não sentirdes ter forças para continuar o caminhar terreno.
Robusteçam-se as vossas reservas de confiança no Supremo Administrador de vossas vidas e entregai-vos, com sapiência e fé, ao curso natural que vos está destinado, pois que conduzem-vos, fatalmente, tal qual o rio faz ao mar, ao porvir iluminado que aguarda todos aqueles que conseguem se desafogar das ondas do passado e navegam, agora, com a bússola do sentimento depurado, pelas infinitas e calmas águas da Vida Imortal !

Arrima-te, tu , alma querida, que se sente cansada e impotente, neste ponto da tua vida, nesta revelação a ti concedida ler, para te fortaleceres diante da delicadeza deste teu momento que está sendo vivido!

E prossegue, otimista, na tua escalada de ascensão, lembrando, a cada instante, a Misericórdia infinita do Pai para contigo e para com tantos dos seus filhos, que ainda necessitam do Seu auxílio supremo, em suas múltiplas faces, e que também se encontram amargando dores iguais ou maiores do que as tuas.

Caminham muitos, próximos ou não ao teu coração, na Terra, mas, como todos irmãos, no Pai que vos criou a todos, juntos, em espírito, depois das dores e dificuldades vencidas, meritoriamente entrarão, redimidos, no reino da eterna paz e regozijo do espírito !

Silêncio, calma e discernimento da alma, na hora do sofrimento e do desespero, são as ferramentas mais acertadas que vos livrarão de maiores amargores no amanhã.

Permanecei na direção do equilíbrio interno e na harmonia de vossos pensamentos e ações, e tudo se dissipará, a qualquer momento, como trégua concedida pelo Pai, para o alívio necessário aos seus filhos, em regime de provações benfeitoras.

Após, porém, muitas lutas travadas para a vossa burilação, novos saltos evolutivos vos aguardam, nestas trilhas abençoadas da redenção humana.

E, a cada batalha vencida, mais clarificados, sábios e triunfantes, entrareis nos reinos da eterna vida verdadeira !!

Paz !!

Emmanuel



Mensagem psicografada por Rosane Amantéa, em 16/06/1990 .



©2010 Rosane Amantéa
Esta mensagem pode ser compartilhada desde que os direitos autorais sejam respeitados citando o autor e o link.
http://rosane-avozdoraiorubi.blogspot.com
Obrigada por incluir o link do site do autor quando repassa
r essa mensagem

Mediunidade, um dom além da vida

A mediunidade é um instrumento de elevação da alma permitida pelo criador às suas criaturas. Todo aquele que traz esse dom, traz uma iluminada ferramenta de auto conhecimento. Ela se estende além do túmulo, além dos séculos.


Lidar com espíritos enfermos é ver-nos além das nossas imperfeições. Lidar com energias densas durante um atendimento através da psicofonia, nos dar a devida certeza de que necessitamos entrar na órbita do amor crístico e nos purificar enquanto estamos na terra.


Médium consciente da sua tarefa no plano físico é um abençoado servidor do Cristo. Mas a mediunidade não se restringe apenas ao corpo físico, ela se estende as camadas espirituais em serviço cristico.


É extraordinário quando o médium concebe dentro de si a importância do aprimoramento de sua alma através do exercício democrático de doação com Jesus. Onde quer que ele esteja pode deixar o seu legado de amor através da sua conduta burilada.


Podemos praticar esse exercício em qualquer estância de ação. Mas exercer a mediunidade, não é exercer inadequadamente os poderes inerentes ao seu ser doado como prêmio maior para o seu amadurecimento na terra.


Médium treinado no amor é médium educado com a chama cristica da luz do Mestre Jesus.


Servem de alerta os variados livros os quais conhecemos acerca do assunto. Por outro lado, a mediunidade na terra pode ser também um instrumento de queda da alma que veio fadada a esse treinamento com a luz.


Para exercer os seus poderes internos o médium precisa ter humildade acima de quaisquer expectativas certo de que a força lhe é dada por Deus.


Cônscio do seu dever de intermediário não deve atribuir o fenômeno a si e nem tão pouco achar que por ter uma série de faculdades psíquicas, já entrou na dimensão dos anjos. Se assim o fosse a terra já estaria povoada por inúmeros seres angelicais.


Além da vida na terra o médium um dia prestará contas do que fez com esse valioso instrumento de cura, serenidade, percepção, doação e elevação.


O Cristo ama a todos aqueles que se propõem a representar o seu amor na terra, mas amorosamente os alerta de que um projeto individual de desenvolvimento interno em favor dos seres doentes também pode falhar.


O médium precisa ficar atento aos sentimentos inferiores. A vaidade por exemplo, pode arrancar todo valor que essa energia da sensibilidade humana contém.


Todos aqueles que compreendem e estudam para o aprimoramento dessa habilidade mediúnica deve ficar atento aos sentimentos de brilho e estrelismo que possam desejar ter. Manipulação de pessoas e emoções negativas é contrário às leis divinas.


Ter ou não mediunidade pode nos colocar em um pedestal de conhecimento sobre e ela se tentarmos ser cada dia melhores.


Aqueles que já trouxeram consigo a mediunidade ostensiva, também precisam estudá-la para não cair nas armadilhas de amigos desejosos de não os ver exercer o compromisso programado para a sua ascensão na terra.


Caros amigos que doam as suas energias através de encontros semanais nas instituições espíritas ou espiritualistas: Revejam a sua condição de medianeiro da luz do Cristo. Lembramo-lhes de que de acordo com a condução desse dom ele pode ser bloqueado para voltar em outro tempo, quando o orgulho e a vaidade forem trabalhados para serem dissipados.


O compromisso da mediunidade é um dos mais sérios e antigos que conhecemos.


Portanto, se escolheram trilhar essa bendita estrada, que façam jus a ela burilando-se através desse trabalho redentor e enobrecedor, porque após completar o ciclo da vida na terra, há de darem conclusão bem mais além na dimensão coloquial do tempo e da existência verdadeira a qual conhecemos apenas através de experiências que não chegam a equivaler a verdadeira realidade.


Previnam-se amigos contra os monstros invisíveis que são as ervas daninhas do melindre, da vaidade e do orgulho. Convençam-se de que os fenômenos ditos paranormais vem precisamente dos espíritos e se são portadores dessa energia que pode absorver para transformarem-se, acautelai-vos.


Se há médiuns, há fenômenos. Mas se os fenômenos se afastam, a mediunidade fica muito a desejar e se os espíritos que conosco trabalham não encontram guarida séria em nossa raiz energética, amorosamente eles podem de nós se afastar e aguardar que entremos na faixa vibratória do amor, pois sem esse irradiante sentimento, a mediunidade se transforma em comércio, em jogo competitivo e lamentavelmente, essa forma jamais será a mediunidade que deve ser praticada com o Cristo.


Mediunidade é luz que se irradia na terra assepsiando a natureza e a todos aqueles que estão na amplitude da escuridão de suas almas ainda arraigadas aos princípios inquietantes da ignorância.


Todos os seus portadores são responsáveis pelas informações que chegam através do seu canal de trabalho para o Cristo.


Em amor, em carinho, somos todos médiuns da própria vida em exercício de caridade e amor aos nossos semelhantes.

Luiz Sérgio


(livro a ser publicado)


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